1- Hemograma
O hemograma é um dos exames laboratoriais mais solicitados. E isso não é por acaso, afinal ele oferece informações importantes aos médicos – as quais unidas a outros exames podem indicar problemas de saúde, recuperação de doenças e outros pontos.
Esse exame oferece informações como:
- hemácias (glóbulos vermelhos): se estiverem abaixo do ideal podem indicar um quadro de anemia, mas para isso é fundamental também considerar o número de hematócritos e de hemoglobina. As mulheres podem ter taxas menores devido à perda de sangue mensal pela menstruação;
- leucócitos (glóbulos brancos): são as células responsáveis por defenderem nosso corpo de invasões. Se há um aumento no número de leucócitos, chamada de leucocitose, é sinal que um processo infeccioso está em curso, ou ainda a presença de uma leucemia. Já quando os leucócitos estão diminuídos chamamos o quadro de leucopenia e significa uma supressão da imunidade, deixando o paciente sujeito à infecções;
- plaquetas: são responsáveis pela coagulação sanguínea. Se estão aumentadas, chamamos de trombocitose e quando diminuídas, trombocitopenia. Pessoas com uma quantidade baixa de plaquetas estão sujeitas à sangramentos e com um número muito alta à formação de trombos. As plaquetas podem indicar quadros de dengue, por exemplo.
2- Colesterol
A taxa de colesterol presente no exame é composto do:
- HDL: colesterol “bom” e capaz de proteger os vasos do acúmulo de placas de gordura. É importante que esse item esteja elevado;
- LDL e VLDL: é o colesterol “ruim”, ou seja, capaz de levar ao acúmulo de placas de gordura nos vasos, favorecendo o desenvolvimento de doenças como infarto ou AVC. É importante que esse item esteja abaixo do valor limite do exame;
- Triglicerídeos: em geral equivale a 5 vezes o valor do VLDL.
Assim, na hora de analisar o resultado desse exame, mais do que se atentar a taxa de colesterol total, é fundamental analisar cada uma dessas informações. Afinal, você pode ter um colesterol total de 200mg/dl, por exemplo, mas devido a uma alta taxa de HDL, o que não indicará possíveis problemas.
3- Ureia e Creatinina
São exames importantes para avaliar a função renal. Normalmente, altos níveis de ureia e de creatinina indicam que os rins estão filtrando menos do que deveriam.
Alguns laboratórios realizam o cálculo de forma automática para o médico, apresentando os valores com nomes como “taxa de filtração glomerular” ou “clearence de creatinina”. Valores menores que 60 ml/minuto podem indicar insuficiência renal, sem que necessariamente o paciente apresente sintomas.
Porém, vale destacar que este exame precisa muito da interpretação do médico, já que é fundamental avaliar outros pontos antes de indicar se um paciente está ou não com a função renal comprometida.
4- Papanicolau
Dos tipos de exames laboratoriais mais importantes, o Papanicolau com certeza é um dos mais conhecidos pelas mulheres, que devem realizá-lo periodicamente a partir dos 18 anos, (vida sexual ativa).
Ele é muito importante porque ajuda a prevenir o câncer no colo de útero e também doenças como o HPV, infecções vaginais e doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia, sífilis e clamídia. O recomendado é realizá-lo, pelo menos, 1 vez por ano.
5- Exames de urina
O exame de urina tipo 1 é o mais conhecido e solicitado pelos médicos, afinal ele permite identificar a presença de uma infecção urinária ou até de algumas doenças renais. Com ele, é possível detectar a presença anormal de glicose, sangue, pus, proteínas ou outras substâncias que não deveriam estar na urina – indicando deficiências ou doenças dos rins e do trato urinário.
Outro exame que pode ser solicitado é a urocultura, principalmente nos casos de infecção urinária. Com ele é possível identificar qual bactéria está causando o problema e assim o médico conseguirá definir corretamente o tratamento.
6- Exames de fezes
São muitos os tipos de exames de fezes que podem ser solicitados rotineiramente. O parasitológico é o mais comum e capaz de identificar a presença de parasitas que trazem muitos transtornos à saúde. Em geral, esse exame costuma ser mais solicitado às crianças que têm uma tendência maior a se contaminar.
No caso dos adultos, o exame de sangue oculto é o mais solicitado e ajuda a detectar previamente a presença de câncer colorretal ou de hemorragias que podem significar o caso de uma doença inflamatória intestinal ou outros problemas no sistema digestivo.
7- Glicemia
Esse tipo de exame laboratorial é muito importante tanto para a detecção do diabetes, como para o controle da doença. Porém, é fundamental que o paciente respeite as 8 horas mínimas de jejum antes de fazer a coleta de sangue.
Os resultados indicam:
- glicemia normal: quando ela está abaixo de 100 mg/dl;
- pré-diabetes: quando a taxa está entre 100 e 125 mg/dl;
- diabetes: quando o nível está acima de 126 mg/dl.
Lembrando que, embora o exame de glicemia seja muito importante, ele não é o único na hora de diagnosticar o diabetes. Os resultados também podem estar alterados dependendo da dieta do paciente no dia anterior.
8- Transaminases (ALT e AST) ou TGP e TGO
Esses são os tipos de exames laboratoriais que se referem à saúde do fígado, são enzimas responsáveis pela metabolização das proteínas e se encontram em maior quantidade nas células do fígado. Se os exames vierem com níveis elevados de TGP ou de TGO isso pode indicar um problema hepático. Outro dado importante é quando apenas o TGO está elevado, o que pode indicar uma lesão cardíaca. Isso porque o TGO também está presente nas células do músculo e do coração.
As principais doenças que elevam as transaminases e a TGP e a TGO são:
- cirrose;
- hepatites virais ou autoimunes;
- esteato-hepatite;
- lesão do fígado devido a bebidas alcoólicas, drogas e medicamentos;
- isquemia do fígado;
- câncer de fígado;
- Doença de Wilson;
- hemocromatose.
Normalmente, TGO e TGP acima de 150 U/L indicam doenças do fígado, necessitando de exames complementares para se definir quais são. Se os valores estiverem acima de 1000 U/L, o indicativo é para hepatites virais, isquêmicas ou por drogas (por exemplo, intoxicação de Tylenol.
9- TSH e T4 livre
São os principais tipos de exames laboratoriais para analisar o funcionamento da tireoide.
Se o TSH estiver elevado, pode ser indício de hipotireoidismo, ou seja, de que a tireoide não está funcionando como deveria. Normalmente o hipotireoidismo é diagnosticado com níveis de TSH acima de 10 mU/L e baixos níveis de T4 livre.
Caso o TSH esteja alto e o T4 livre também, o problema pode estar na hipófise, um tipo de hipotireoidismo mais raro, mas que também pode acontecer.
Nos casos de TSH abaixo do limite normal, o caso é de hipertireoidismo, com aumento do T4 livre. Se o TSH e T4 livre estiverem menores que o normal, o caso pode ser de hipertireoidismo central.
Todos esses tipos de exames laboratoriais são muito importantes – e devem ser feitos regularmente, garantindo que a sua saúde estará em dia. Porém, vale a pena destacar que apenas o seu médico poderá lhe diagnosticar com alguma doença, afinal o resultado de um exame isolado não é capaz de identificar problemas de saúde.
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Exames
Hemograma
O hemograma é um dos exames laboratoriais mais solicitados. E isso não é por acaso, afinal ele oferece informações importantes aos médicos – as quais unidas a outros exames podem indicar problemas de saúde, recuperação de doenças e outros pontos.
Colesterol
A taxa de colesterol presente no exame é composto do:
- HDL: colesterol “bom” e capaz de proteger os vasos do acúmulo de placas de gordura. É importante que esse item esteja elevado;
- LDL e VLDL: é o colesterol “ruim”, ou seja, capaz de levar ao acúmulo de placas de gordura nos vasos, favorecendo o desenvolvimento de doenças como infarto ou AVC. É importante que esse item esteja abaixo do valor limite do exame;
- Triglicerídeos: em geral equivale a 5 vezes o valor do VLDL.
Exames de fezes
São muitos os tipos de exames de fezes que podem ser solicitados rotineiramente. O parasitológico é o mais comum e capaz de identificar a presença de parasitas que trazem muitos transtornos à saúde. Em geral, esse exame costuma ser mais solicitado às crianças que têm uma tendência maior a se contaminar.
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